sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Igreja Católica tem compromisso no diálogo interreligioso, diz Papa

O Papa Bento XVI reafirmou essa postura em discurso ao novo embaixador da Turquia diante da Santa Sé, Kenan Gürsoy.

"Em um espírito de respeito mútuo e amizade, dando ênfase ao testemunho comum da firme fé em Deus que caracteriza os cristãos e muçulmanos, e que se esforça para conhecer melhor uns aos outros de modo a reforçar os laços de afeto entre nós", complementou o Pontífice.

A maior parte da população turca é mulçumana (cerca de 99%) e as relações diplomáticas com o Vaticano foram estabelecidas há quase 50 anos, durante o pontificado de João XXIII. Mesmo que o número de cristãos seja bastante reduzido, sua atuação em diversos ramos de atividade caritativa e de saúde é importante para o povo turco.

"Os católicos na Turquia apreciam a liberdade de culto que é garantida pela Constituição, e estamos satisfeitos de poder contribuir para o bem-estar dos seus concidadãos", destacou Bento XVI.

O Santo Padre lembrou de sua recente visita ao país, em 2006. Um dos pontos altos da viagem apostólica foi o encontro com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I.

No discurso, o Papa lembrou que a Igreja Católica na Turquia espera reconhecimento jurídico civil. Através deste dispositivo, garante o Bispo de Roma, ela poderia dar uma contribuição ainda maior para a sociedade.

A localização estratégica do país, exatamente na fronteira entre a Europa e a Ásia, faria com que os turcos pudessem exercer um papel importante nos esforços pela paz no Oriente Médio.

"Como a história tem mostrado diversas vezes, disputas territoriais e rivalidades étnicas só podem ser resolvidas satisfatoriamente quando as legítimas aspirações de cada parte são devidamente levadas em conta, reconhecendo as injustiças do passado e, quando possível, reparando-as. Asseguro a Vossa Excelência da alta prioridade que a Santa Sé dá para a busca de soluções justas e duradouras para todos os conflitos da região e da sua disponibilidade em colocar os recursos diplomáticos ao serviço da paz e da reconciliação".

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