sábado, 19 de dezembro de 2009

Estamos a recomeçar. Estamos sempre a recomeçar.


O recomeço é uma forma de ir atrás e pegar naquilo que não ficou tão bem, é olhar com outros olhos, mais amadurecidos, um problema, uma realidade que importa abordar com maior eficácia ou com outra profundidade. Talvez seja por isso que a vida de um grupo, no decorrer da sua inserção no meio, não se repete mas pode aperfeiçoar-se sempre, a partir da experiência anterior.

Serve esta introdução para dizer que, embora os problemas sejam «velhos» e idênticos, eles hoje são diferentes porque requerem respostas também porventura diferentes. O que se mantém é o permanente apelo à ação transformadora do grupo.

O estado de apatia que vemos à nossa volta, a idéia de que «não se consegue mudar nada», o egoísmo que vai teimando em prevalecer, o desrespeito pelo ambiente e pela natureza em geral, o ter mais (sempre o ter acima de tudo), aliados a uma enorme ausência de cidadania, fazem com que continue a ser imprescindível a intervenção do Grupo de Base na realidade deste nosso mundo, com a nossa metodologia de Ver – Julgar- Agir.

Temos que ser massa crítica, à Luz da Doutrina Social da Igreja, à Luz de Cristo com o Seu Evangelho, mas também, por isso mesmo, exemplo, testemunhas. Temos de mudar e ajudar a mudar atitudes e comportamentos.

Fonte: Ação Católica Rural do Oeste (Lisboa, Portugal)

Um comentário:

  1. Ao ler este texto, percebi que não estou sozinho, no que diz respeito a urgência na mudança das nossas posturas cristãs, diante da realidade dessa vida contemporânea. O Papa Bento XVI pede ardor missionário e diálogo inter-religioso, mas ninguém escuta, ou pior, ouve mas não faz nada. Se fala muito por ai em lançar-se em águas mais profundas, mas só vejo gente ir até onde se possa molhar os pés. Tá na hora de reagir, moçada!

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