sábado, 12 de dezembro de 2009

Música "Sufocatólica".


Há mais ou menos 15 anos atrás, logo quando resolvi por conta própria (e por conta de uma guitarra e uma namorada) entrar para um grupo de oração da RCC (Renovação Carismática Católica), a música era algo já fazia muita falta dentro da Igreja.

Apesar do conservadorismo pragmático, ainda arrisquei infiltrar meu lado "rocker" dentro da RCC. Havia mais ou menos 3 meses que eu "arranhava" num violão, mas tinha verdadeiramente o sonho de me tornar um guitarrista de uma banda de rock. Como sempre fui fã de bandas pesadas como Sepultura e Metallica, me familiarizei muito rápido com distorções de todas as frequencias...

Um guitarrista que me influenciou muito foi Kirk Hammet (Metallica), principalmente com a música Nothing Else Matters, música que me levou a tocar guitarra, entre outras influências que vieram mais tarde estão David Gilmour (Pink Floyd) e Hendrix (o mestre). Porém, todos olhavam-me com olhos cerrados ao escutar meus timbres "rebeldes", e eu como sempre nem aí pra nada e ninguém.

Fundei a Banda São Francisco junto com Reginaldo, Beth e Arnoldo, e logo após com a entrada um baterista - Júnior - estava completa a banda que revolucionaria a RCC por causa de algumas distorções exageradas de um guitarrista, sem falar que a banda seria uma das melhores do movimento naquela época e por muito tempo foi destaque na Comunidade Canção Nova, fazendo shows com vários músicos de Cachoeira Paulista como: Dunga, Flavinho, Ricardo Sá, Pe. Léo, etc.

Contudo, essa estrutura musical ainda era barrada em muitas Igrejas de nossa Diocese. Lembro-me de várias vezes que fomos impedidos de tocar completos, apenas voz e violão eram permitidos para não fazer "barulho", eu nunca concordava com isso, fazia a maior confusão. Observava alguns amigos protestantes que tinham bandas e via o quanto eles eram livres para tocar suas músicas em diversos estivos, um reggae ou rock já era motivo de escândalo no nosso meio católico, já os protestantes faziam todos os estilos e arrastavam milhares de jovens para seus shows. Isso me impregnava, mas nunca me encabulava.

Quanto mais censuravam, mais eu almentava meu som (risos). Adora quando diziam que minha guitarra era consagrada ao satanás, pois nem sabiam a quantidade de jovens que a Graça de Deus estava tirando das drogas por causa de minhas distorções.

Hoje continuo do mesmo jeito, ou ainda pior para os demagogos católicos que ainda existem dentro da MINHA IGREJA. Tenho minha banda tatuada no braço, porque a liberdade tá no meu sangue, e a BANDA DR me dá isso 24 horas por dia. E ainda há quem diga que nós somos coisa do "MUNDÃO" (muitos risos), mas é claro que somos do mundão!!! Não lembro de ter nascido em Plutão ou Marte...

Lembrem-se: ROCK É ROCK EM TODO LUGAR, ATÉ NO CÉU! NOSSO ROCK É O MESMO DE UMA BANDA DE DROGADOS E ALCÓLATRAS, A DIFERENÇA ESTÁ NO AMOR PRÓPRIO QUE TEMOS E QUE NOS FAZ VIVER JUNTO AO NOSSO PAI (DEUS) SEM PRECISAR DE ÁLCOOL OU DROGAS PRA SUBIR NUM PALCO COM TODO GÁS. SOU ROCKEIRO, TATUADO, SOU FELIZ E NÃO SOU FRUSTRADO. PREFIRO SER FELIZ COM A DEMAGOGIA DOS OUTROS AO SER INFELIZ COMIGO MESMO.

Certa vez Jesus disse aos invejosos: "Se eles não estão contra nós, é porque são uns dos nossos." Que o PAI ajude os demagogos da Igreja a juntar-se a nós para livrar nossas famílias das drogas e da marginalidade.

FÉ, FORÇA E UNIÃO a toda família DOM DE RESGATE.

Um comentário:

  1. Já dizia o santo Dom Helder: "É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.".

    É isso meu brother! Deus te abençoe! Fé, Força e União!

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